quarta-feira, 10 de novembro de 2010

A tua voz fala amorosa...



Qual é a tarde por achar

Em que teremos todos razão

E respiraremos o bom ar

Da alameda sendo verão,


Ou, sendo inverno, baste 'star

Ao pé do sossego ou do fogão?

Qual é a tarde por voltar?

Essa tarde houve, e agora não.


Qual é a mão cariciosa

Que há de ser enfermeira minha -

Sem doenças minha vida ousa -

Oh, essa mão é morta e osso ...

Só a lembrança me acarinha

O coração com que não posso.

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